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Um ano depois, lei que libera animais de estimação em shoppings agrada a donos

Michelli Taborda


Fotos: Renan Mattos (Diário)

Cerca de um ano e quatro meses depois que a Lei 8525/2017, que permite a circulação de animais de estimação em estabelecimentos comerciais de Santa Maria, passou a valer, ainda são poucos os pets passeando pelos quatro shoppings da cidade. Conforme lojistas, o movimento de cães e gatos aumenta durante os finais de semana, principalmente aos sábados, quando famílias também passeiam pelos locais.

No Praça Nova, pioneiro na adoção do conceito pet friendly, os animais podem circular no colo ou no chão, com uso de guia. A gerente de marketing do shopping, Camila Figueiredo, explica que os animais têm livre circulação pelas dependências exceto à praça de alimentação, farmácia, academia e lojas do ramo alimentício que ficam pelos corredores. Além disso, há um bebedouro, em frente ao boulevard, para que os pets possam se refrescar.

- A gente não teve nenhum incidente até o momento e tem sido bastante tranquilo. Já realizamos duas feiras de adoção, em parceria com o projeto Somos Pet, e isso fez com que os clientes entendessem a ideia do conceito - comentou Camila.

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O engenheiro civil Marcos Guidolin conta que os passeios com a shih tzu Luma, de 4 anos, são frequentes:

- Eu trago ela todos os finais de semana. É muito bom, porque eles são um membro da família. A iniciativa é válida, sim.

Ao lado do pai e da shih tzu Frida, de 7 meses, Marina Quinto, 12 anos, era só alegria no último domingo.

- Essa é a terceira vez que a gente traz ela para passear. Moramos em apartamento, então é bom que ela possa ver outros animaizinhos e passear com a gente - disse Marina.


Marina levou a cachorrinha Frida para curtir o domingo no shopping com o pai

Maior fluxo 
No Royal e no Monet, os proprietários de lojas reconhecem que a maior circulação é nos sábados pela manhã. 

- Tem pessoas que tratam seus animaizinhos como se fossem filhos, e nós não temos nenhum tipo de restrição quanto a isso. Às vezes vemos o pessoal pelos corredores e chamamos na loja para podermos brincar - contou a gerente da Franco Giorgi do Royal, Rose Oliveira.

Diferente do que ocorre nos demais shoppings, a circulação dos bichinhos no Royal é liberada apenas se o animalzinho estiver no colo. No terceiro andar, foram instaladas placas para indicar o limite de circulação.

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Já no Monet e no Santa Maria Shopping, existe um espaço com ração e água fresca para os pets, junto às portas de entrada.

- A gente não vê muito porque eu acredito que seja um local mais frequentado por quem passa pelo Centro. O pessoal aproveita para vir no horário do almoço ou intervalo - disse Lauren Adaime Pinto, proprietária da Uau Legal do Santa Maria Shopping.

Autor da lei
O atual secretário de Saúde de Santa Maria, autor do projeto de lei, Francisco Harrisson (MDB), Dr. Francisco, considera que o funcionamento da lei tem sido satisfatório.  

- O nosso objetivo foi abrir um atendimento a um público que sentia necessidade de poder passear e levar seu pet aos shoppings e ao comércio em geral. Estou muito satisfeito - afirmou o secretário.

Como funciona a regra:

  • Podem circular cães, gatos e pássaros de pequeno porte, com uso de coleira e guia. Cães-guias também são bem-vindos
  • Coelhos, furões, porquinhos, hamsters, chinchilas, aves e outros animais domésticos precisam ficar dentro de caixas, bolsas de transporte e carrinhos de passeio devidamente fechados
  • O acesso ao interior das lojas com os animais é permitido nos estabelecimentos identificadas com um adesivo Pet Friendly na vitrine
  • Os animais, com exceção de cão-guia, não podem circular pelos restaurantes, na praça de alimentação, cafés, fraldário e banheiro. Também não é permitido que os pets fiquem sobre os sofás, poltronas e outros mobiliários do shopping
  • Caso o animalzinho faça necessidades fisiológicas em espaços internos ou externos do shopping, inclusive na área do estacionamento, é obrigatório que o responsável faça o recolhimento e, em seguida, descarte nas lixeiras Em caso de xixi, o responsável deve solicitar que um dos colaboradores do shopping acione a equipe de limpeza.
  • O shopping recomenda que os responsáveis levem um pouco de ração ou um sachê para emergências
  • Em caso de mau comportamento, briga ou indisposição entre os pets, ou ainda, caso alguma norma acima não seja atendida, o shopping pode solicitar a retirada do animal e dos respectivos responsáveis do empreendimento

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